Notícia Oje

Em parceria com Finicia , Powered by Inovcapital

A Neoscopio é uma spin-off da Universidade do Porto, participada pela InovCapital, dedicada à comercialização de soluções de software Open Source.

 

Como surgiu a ideia/conceito do projecto? É totalmente inovador, ou inspirado numa solução existente?
Quando nos conhecemos, na primeira edição do curso de Empreendedorismo da Universidade do Porto, já todos tínhamos a experiência de usar software Open Source nas nossas actividades de investigação académica, e vontade de levar essa experiência para o mundo empresarial, acrescentando suporte e garantia profissionais.
Quanto à inovação, a pergunta assume que a "total" ou "verdadeira" inovação não se inspira em soluções existentes. Na nossa opinião, os conceitos mais inovadores partem sempre de soluções existentes  acrescentadas de valor, seja na ciência, na arte ou nos negócios. É precisamente isso que a Neoscopio faz: inova acrescentando valor a soluções de software já existentes, adaptando-as às necessidades específicas dos nossos clientes.
É igualmente inovador o modelo de negócios baseado na comercialização, suporte e garantia de soluções de software Open Source.

 

Quais as principais dificuldades burocráticas sentidas no arranque do negócio? Foi necessário mover influências?
Naturalmente, há sempre dificuldades burocráticas, nomeadamente na constituição e prestação de contas da sociedade, apesar dos esforços de simplificação que têm vindo a ser feitos. A forma como temos lidado com esses obstáculos é encará-los como um teste de resistência e determinação, e não deixar que nos tirem o ânimo.

 

Foi necessário capital externo ou auto-financiaram o projecto? A quem recorreram para o financiamento externo: business angel, capital de risco, ou banca?
O projecto foi financiado integralmente com capitais próprios, ou seja, sem recurso à banca, com participações dos quatro promotores e da sociedade de capital de risco InovCapital, através do programa Finicia. Continuamos abertos a mais investidores que nos permitam uma estratégia de crescimento mais acelerado.

 

Beneficiaram de apoios e incentivos estatais? De que tipo? Qual o grau de financiamento?
Durante o primeiro ano fomos apoiados pela Agência de Inovação, ao abrigo do programa Neotec, que comparticipou em 75% algumas despesas de funcionamento. Actualmente temos estagiários inseridos no programa InovJovem, do Instituto de Emprego e Formação Profissional.

 

Como chegaram ao contacto da InovCapital? Quais os principais benefícios retirados desta parceira?
Na sequência do Curso de Empreendedorismo, fomos apoiados pelos professores da Escola de Gestão do Porto e pela UPIN - Universidade do Porto Inovação, que nos agendaram os primeiros contactos com a InovCapital e nos têm acompanhado desde então. A parceria com a InovCapital, para além do investimento a que não teríamos acesso de outra forma, proporcionou-nos credibilidade, contactos e ajuda na gestão, benefícios com os quais continuamos a contar para o futuro.

 

Como encaram o negócio numa perspectiva a cinco anos? Mais ou menos concorrência? Nacional ou estrangeira? Haverá grandes alterações no modelo de negócio? De que tipo?
A nível nacional, o nosso modelo de negócio apareceu um pouco antes do tempo, estando agora, finalmente, a notar-se essa tendência, pelo que esperamos, naturalmente, encontrar mais concorrência. Não vemos isso como um aspecto negativo, muito pelo contrário, porque além da concorrência a nível de software Open Source ter uma natureza diferente da tradicional (há quem lhe chame "coopetição"), a entrada de novos agentes ajuda a abrir o mercado a este tipo de soluções. O modelo de negócios tenderá a ser cada vez mais aberto, não só no sentido da ausência de vendor lock-in como também na incorporação de novas ideias, colaboradores e linhas de negócio por parte de colaboradores externos à empresa. É o melhor modelo para os nossos clientes, logo é o melhor para nós também.

 

Quais as principais área geográficas de expansão no futuro?
Dado o modelo de desenvolvimento e as características de software Open Source, não existem grandes obstáculos geográficos à expansão, pelo que o mercado europeu é uma opção natural. No entanto, a nossa estratégia a curto prazo passa pela consolidação a nível nacional.

 

NEOSCOPIO S. A.  

É uma spin-off da Universidade do Porto, participada pela InovCapital, dedicada à comercialização de soluções de software Open Source. Combina as vantagens do melhor software Open Source com serviços profissionais de suporte, personalização e desenvolvimento. Deste processo resultam produtos e serviços que vão ao encontro dos clientes, no que diz respeito a garantias de funcionamento e adequação às necessidades, assim como na possibilidade de evolução e resposta a novos desafios. Contamos com uma equipa multidisciplinar e um modelo de integração de novos colaboradores que permitem assegurar o melhor serviço e assistência de qualidade.

Sede: UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto;
Rua Actor Ferreira da Silva, 100
4200-298 Porto

Website: http://www.neoscopio.com/

Constituição: Junho de 2007
Sector de Actividade: Software Open Source
Principais Produtos:
- NeoContent - gestão de Conteúdos e comércio electrónico;
- NeoWorking - ferramentas de trabalho colaborativo e gestão de projectos;
- NeoAdmin - outsourcing de administração de sistemas e virtualização;
- NeoWulf - implementação de clusters de computação de elevado desenpenho, consultoria a computação científica
Plataforma Finicia: Universidade do Porto
Objectivos do Plano de Negócios:
- Criaçao de 10 postos de trabalho
- Atingir 300 mil euros de volume de  negócios em 2010

 

EMPREENDEDORES

São quatro os promotores deste projecto. A saber:

Miguel Andrade, CEO - Formação em Engenharia Electrotécnica ramo de telecomunicações e computadores na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, M.B.A./M.Q.G. (Mestrado em Métodos Quantitativos de Gestão) pela Escola de Gestão do Porto.
Gustavo Mendes, CMO - Licenciatura em Psicologia pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, com M.B.A. pela Escola de Gestão do Porto, é Chief Marketing Officer.
Miguel Costa, CIO-CTO - Mestre em Física Teórica e Computacional pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, é Chief Information/Technology Officer. 
Nuno Cerqueira, COO - Doutorado em Química, ramo científico, pelo departamento de química da Escola de Ciências da Universidade do Minho, é Chief Operations Officer.